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Duas almas - Alceu Wamosy



Ó tu que vens de longe, ó tu, que vens cansada, Entra, e, sob este teto encontrarás carinho:
Eu nunca fui amado, e vivo tão sozinho, Vives sozinha sempre, e nunca foste amada...
A neve anda a branquear, lividamente, a estrada,
E a minha alcova tem a tepidez de um ninho, Entra, ao menos até que as curvas do caminho Se banhem no esplendor nascente da alvorada.

E amanhã, quando a luz do sol dourar, radiosa, Essa estrada sem fim, deserta, imensa e nua,
Podes partir de novo, ó nômade formosa! Já não serei tão só, nem irás tão sozinha.
Há de ficar comigo uma saudade tua... Hás de levar contigo uma saudade minha...

*Alceu de Freitas Wamosy (1895 – 1923)

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